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Uma visita a Acedion com Nicole Alves

"A única pessoa responsável pela realização dos seus sonhos é você mesmo, nunca é tarde para realizar aquilo que tanto almeja. Viver sem sonhar é enxergar o mundo de olhos fechados."

Nicole Alves é uma autora paranaense, nascida na cidade de Arapongas. Incentivada pelos pais, sempre teve a escrita como um divertimento e em 2014 soltou sua imaginação pelas fanfics na internet. Mas só a partir das férias de 2017 que começou a trabalhar em histórias originais, onde surgiu a ideia para a Trilogia "A Marca Aura".

Os Hobbys da autora incluem assistir Pretty Little Liars e Harry Potter mais vezes do que pode contar, se derreter quando as crianças da igreja a chamam de tia ou a entregam pequenos desenhos. Além disso, ouvir suas músicas preferidas sempre que possível, se apaixonar ou odiar fervorosamente algum personagem fictício e tentar adivinhar o que acontecerá no próximo arco da Marvel.

Dando sequência para nossa série de entrevistas com autores da Palavra & Verso, trazemos aqui um pouco da inspiradora trajetória literária de Nicole, bem como suas inspirações, seus próximos livros, etc. Confira:



Palavra & Verso - Você sempre quis ser escritora? E o que te motivou de fato escrever o seu primeiro livro?

Nicole Alves - A primeiro momento, a resposta é não. Creio que sempre é uma palavra um pouco forte (risos), eu cresci rodeada de gibis, livros e mundos fantásticos mas não me via como uma contadora de histórias com um universo para chamar de meu, apenas como leitora assídua e companheira das palavras. Lembro que escrevia coisas singelas no papel sulfite, dobrava e entregava para minha mãe como se eu fosse mesmo um projeto de escritora, mas só depois de um tempo foi que comecei a cogitar a possibilidade de ser uma escritora de verdade. Sempre gostei de escrever, mas em ocasiões como aula de produção textual e poemas que ninguém iria ler, conheci o wattpad e me deparei com as famosas fanfics, onde não precisava ser um escritor genuíno para publicá-las então pensei “eu também posso fazer isso”, porém foi algo que me levou ao questionamento, queria algo original, uma história inteiramente minha com personagens marcantes e uma história envolvente, fiquei sem ideias e então parei por um tempo. Mas um dia ao assistir Harry Potter e a Ordem da Fênix me veio na mente “A garota da Marca Aura”, a partir daí minha mente fervilhou e tive que escrever como se fosse uma necessidade tão lógica quanto escovar os dentes de manhã, foi onde encontrei minha verdadeira identidade na escrita.



Palavra & Verso - Fale um pouco sobre o seu gênero de escrita, e qual é a importância dele em sua vida como leitora e escritora.

Nicole Alves - Se fosse para me definir em histórias, elas seriam: Turma da Mônica, Cavaleiros do Zodíaco Harry Potter, Shrek, Rei Leão e Fruits Basket. O que todos eles tem em comum com meu gênero de escrita? Bom, exceto Rei Leão, todas as outras histórias tem magia, aventura, uma pitada de comentários que arrancam boas risadas, personagens únicos e lições de esperança, amor e amizade que servem de inspiração. Cresci assistindo/lendo a todas essas histórias e posso dizer com propriedade que elas ocupam um papel fundamental em como minha escrita se concretizou. Acredito que a leitura tem o poder de nos fazer viajar mais do que qualquer outra coisa, gosto de dizer que é enxergar o mundo através das palavras. Fantasia é um gênero encantador, sei que sou suspeita falar mas a vida real ás vezes é muito chata, e na leitura/escrita sinto que posso extravasar todos esses sentimentos de uma só vez, afinal mesmo estando em universos fantasiosos ou não, a lição que essas histórias passam sempre é algo que podemos carregar conosco. Essa trilogia me ajudou de tantas maneiras que não consigo descrever, foi e é minha direção, conheci pessoas através dela e muito mais do que eu poderia imaginar.



Palavra & Verso - Quem mais te apoiou no começo da sua carreira como escritora?

Nicole Alves - Minha mãe, ela foi quem desde sempre me dizia “Nicole, você escreve muito bem, escreve um livro”. E é engraçado mencionar, pois meu nome veio de um livro que ela leu quando tinha 12 anos chamado “Meninos sem pátria” que eu posteriormente acabei lendo também. Desde que eu nasci ela e meu pai receberam muitos comentários negativos do gênero “Pra quê gastar tanto dinheiro com livro? Compra brinquedo ou roupa, criança tem que gostar disso”, e similares, muitas foram as críticas sobre a forma com a qual eu fui criada. Mas a publicação desse livro não é algo que eu conseguiria sem o apoio dela, meu pai não é muito fã de leitura, mas mesmo assim ele nunca deixou de me apoiar. Sou grata a Deus por esses dois, nunca desistiram de mim.



Palavra & Verso - Quais são os seus escritores favoritos, bem como os autores que influenciam a sua escrita?

Nicole Alves - Eddie Van Feu, J.K. Rowling e Kiera Cass são grandes escritoras que me inspiro, as duas primeiras são as que mais influenciaram na minha escrita justamente pelo gênero Fantasia, mas como disse anteriormente, Maurício de Sousa também é uma grande inspiração desde sempre.



Palavra & Verso - Qual é o seu livro de cabeceira, que você indicaria para nossos leitores?

Nicole Alves - Lua das Fadas, de Eddie Van Feu. Sem sombra de dúvidas é o livro que mais li na vida, a primeira vez foi quando eu tinha 8 anos, simplesmente não desgrudava dele e até hoje o releio pelo menos duas vezes ao ano. É aquele tipo de história que não importa quantas vezes você leia, sempre vai te prender, Bianca e Zac se dariam muito bem com Ayless e Stevan (risos) em termos literários, é a minha maior inspiração para escrever “A Marca Aura”. Super indico, vocês não irão se decepcionar.



Palavra & Verso - Qual você acha que é a importância da música em um livro? Você gosta de ouvir música enquanto escreve?

Nicole Alves - Sou suspeita falar pois posso passar um ou dois dias sem ler, mas não passo um dia sequer sem ouvir música. Mas quando se trata de ouvir e escrever creio que depende muito do gênero e do seu gosto musical. Por exemplo, em “A Marca Aura” eu gosto de ouvir músicas épicas de batalha, músicas celtas, mitológicas e até trilhas sonoras de filmes fantásticos ou de ação, porque assim sinto que seja qual fora cena que eu esteja escrevendo ou lendo, a emoção será bem mais intensa. Então sim, acho que a importância da música em um livro é enorme quando condiz com a proposta. Agora, eu não gostaria de escrever ou ler alguma cena do meu livro escutando uma música lírica ou louvor (risos), como eu disse, acredito que deve ser adequada.



Palavra & Verso - De onde veio a inspiração para o seu livro de estréia “A Marca Aura – O Dracíndio da fênix negra”?

Nicole Alves - Harry Potter e Lua das Fadas são respostas rápidas, mas parando para refletir sobre toda a história, Os Instrumentos Mortais, Senhor dos Anéis e até Homem-Aranha também acabou inspirando. Eu gosto de imaginar esse livro com inspirações oriundas de várias histórias com jornada de herói, que é o que conseguimos ver bastante principalmente neste primeiro volume.



Palavra & Verso - O que os leitores podem esperar do próximo livro dessa série?

Nicole Alves - Surpresas. Tanto em parte de personagens novos quanto na história em si, o segundo livro traz mais essa pegada séria pois a Ayless estará construindo seu próprio exército. Mas também será mostrado o lado inimigo, os leitores irão se deparar com esses dois lados da moeda e obstáculos que irão tornar essa jornada ainda mais difícil e dolorosa.



Palavra & Verso - Em “A Marca Aura”, conhecemos o universo de Acedion. Fale um pouco sobre esse mundo fantástico e como foi o processo para criá-lo para o livro.

Nicole Alves - Acedion é basicamente o meu País das Maravilhas (ou não, dadas as circunstâncias atuais). É uma realidade paralela tão antiga quanto a própria criação, é incrível que no início eu havia pensado nela apenas como uma simples cidade mas no decorrer da história vocês irão entender que ela é bem mais que isso e tem um papel fundamental em tudo que acontece. Originalmente ela seria no mundo humano, mas repensei a ideia, ela é um refúgio para os seres místicos e pessoas com dons especiais, no segundo livro os leitores irão descobrir mais sobre ela, tenho um carinho muito grande por toda sua história embora possa revelar pouco para não correr o risco de soltar um spoiler. O processo de criação dela foi delicioso, foi exatamente onde eu gostaria de morar se as habilidades elementares realmente existissem haha. Ah, e um adendo é que Rofwiliie (cidade onde Ayless morava antes de ir para Acedion) é fictícia, então nossa querida ruiva pode ser brasileira, americana, mexicana e onde a imaginação do leitor permitir. Assim como Acedion :)



Palavra & Verso - Como você se sentiu quando publicou seu primeiro livro?

Nicole Alves - Realizada, não tenho nem palavras suficientes para expressar o tamanho da minha felicidade. Ás vezes fico parada admirando meu exemplar e parece que estou dentro de um sonho. É gratificante demais, valeu a pena todo o tempo que me dediquei para essa história que tem um espaço enorme no eu coração, Também foi uma prova de autoconfiança, antes eu escrevia no anonimato, com medo e vergonha da reação das pessoas, hoje em dia é meu maior orgulho. Aliás, foi uma surpresa, um ano totalmente atípico para todos, mas não tenho do que reclamar, conquistei um de meus vários sonhos e sou extremamente feliz e grata por tudo.



Palavra & Verso - Você tem muitos projetos em mente? Pode falar sobre algum deles? Fale um pouco sobre sua trajetória literária.

Nicole Alves - Sim! Quando finalizei a trilogia fiquei sem ideias, mas ainda planejo fazer um livro sobre o Glarthon, a história dele é bem profunda. Atualmente estou finalizando meu primeiro romance, foi um desafio sair da escrita fantasiosa em primeira pessoa para sentimentos ressaltados em primeira, porém estou me divertindo muito. Inclusive, tenho projeto de reescrever uma história antiga (era fanfic, na verdade hahaha) de mistério e suspense. Outro gênero que tenho interesse em escrever é ficção científica e distopia, até comecei mas estão engavetados, afinal quero ampliar meus conhecimentos para poder escrever uma história satisfatória. Em questão de trajetória literária, cheguei a escrever histórias aleatórias mas bem rasas então as descartei, para focar e me lançar como escritora aos quinze com “A Marca Aura”



Palavra & Verso - Gostaria de deixar um recado de motivação para novos escritores continuarem a buscar por seus sonhos?

Nicole Alves - Sim! Sei que pode parecer clichê mas não desista de você e do seu potencial, as pessoas sempre vão olhar torto, falar asneiras e te colocar para baixo, em alguns momentos você se sentirá sozinho, mas é justamente quando se deve respirar fundo e pensar “Tudo bem se não acreditarem em mim, pois eu acredito”. A única pessoa responsável pela realização dos seus sonhos é você mesmo, nunca é tarde para realizar aquilo que tanto almeja. Finalizo com uma frase autoral: “Viver sem sonhar é enxergar o mundo de olhos fechados”.


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